Revista Babies - Maio 2018

Desde que Lívia chegou, muitas pessoas me perguntam como foi o processo da adoção, e neste mês à convite da Revista Babies, obrigada Mariana Woj! Nós tivemos a honra de pode compartilhar nossa história com os leitores da revista. Eu e meu marido, estamos felizes em poder contar como tudo começou e assim inspirar e encorajar as pessoas que querem ser pais através da adoção.
Tudo começou assim:
Sempre sonhávamos em ser pais. Após 2 anos de casamento cogitamos a possibilidade da gravidez. Os anos foram passando e já com cinco anos de casamento a gravidez não acontecia naturalmente.
Fomos investigar o porquê. Exames e mais exames fizemos, um urologista comprovou que não poderíamos ser pais naturalmente.
Inicialmente até cogitamos a possibilidade de fazer a fertilização “in vitro”. Pensamos e repensamos… e um belo dia, eu lembrei de uma frase que meu amado pai (+) havia dito para minha mãe. “Quando nossos filhos estiverem grandes, nós vamos adotar uma criança.”
Foi neste dia, que despertou meu desejo pela adoção.
Durante uns 4 anos, eu e meu marido fomos nos preparando psicologicamente, através de muito diálogo entre nós. Já que o meu desejo também seria o dele. Em comum acordo, decidirmos entrar no cadastro nacional da adoção.
A vida foi nos surpreendendo em alguns momentos e situações… e se passaram 15 anos de casamento.
Em outubro de 2009, fomos habilitados no cadastro nacional da adoção.
Inicialmente disseram que levaria em média de 5 a 6 anos para nossa filha chegar.
Em junho de 2015 (ano do prazo que esperávamos a chegada da bebê), eu quis deixar o quarto dela pronto. Assim eu ficaria mais tranquila com sua chegada, pois teríamos como organizar suas roupinhas e assim ela já teria seu espaço aqui em casa.
E a espera foi além do tempo que estimávamos… 6 anos e 7 meses se passaram.
No dia 25 de maio de 2016, Dia Nacional da adoção, estava eu pela manhã com minha rotina. Fui caminhando de casa para a academia conversando com minha irmã pelo telefone. Chegando na academia desliguei, e em seguida meu telefone tocou. No que fui atender, caiu a ligação. Pensei: — Quem será?! Não pensei duas vezes, retornei a ligação e já fui me identificando.
— Oi, aqui é a Jana.
— Você me ligou?
_ Oi Janaina, sou a assistente social do Fórum…
E assim aconteceu o chamado.
Quanta emoção!
No meu pensamento, eu imaginava que estaria para nascer uma criança e ela estaria chamando a gente para comunicar pessoalmente.
Em nenhum momento passou na minha cabeça, de que naquele dia já nos tornaríamos pais.
Depois que falei com a assistente social, liguei para meu marido, e em meia hora já estávamos no Fórum.
A assistente social nos cumprimentou e disse: — Como vieram rápido! Já liguei para dois casais (temporariamente não podem ficar com a criança) chegou a vez de vocês. Vamos conversar?
Entrando na sala, sentamos, e logo em seguida a moça que estava com a assistente social (acredito que estagiária) perguntou pra mim. E essa correntinha com bonequinha… vocês já tem uma filha?!
Eu logo respondi:
__ Esta é minha filha que está pra nascer.
A assistente social falou:
__ Ela nasceu em 2 de maio.
A emoção ficou a flor da pele. (Já era meio dia do dia 25 de maio 2016)
Saímos do Fórum já como responsáveis pela Lívia (pudemos escolher o nome da nossa pequena que já estava com 23 dias). Fomos almoçar, e em seguida (13h30) fomos conhecer nosso mais novo amor.
Estávamos radiantes!
No mesmo dia a noite, o Fórum nos concedeu a guarda provisória. Como a assistente social da maternidade não estava no horário em que conseguimos o documento. Pudemos trazer nossa amada Lívia, só no dia seguinte. Passamos o dia (26.05) na maternidade, com muitas orientações de como cuidar de nossa preciosa. Troquei fraldas e até banho eu dei nela. Lá por 16h fomos na farmácia comprar o que ela ia precisar e fomos para casa.
A solidariedade da família e amigos foi primordial neste primeiro momento. Apareceram roupinhas, fraldas… e o amor estava no ar.
Lívia foi muito bem recebida por todos!
Nasce uma filha, nasce uma mãe! Ser mãe é muito mais do que gerar, é sonhar e vivenciar este sonho através do mais puro amor.
Nossa adaptação foi na medida do possível tranquila. Nos 3 primeiros meses cólicas e noites sem dormir… aos 6 meses ela já dormia praticamente 8h seguidas…
1 ano passou rápido! E o amor a cada dia foi crescendo.
Hoje Lívia está com 1 ano e 11 meses (fez semana passada 2 anos). E há 3 semanas conseguimos o contato (através do Fórum) para fazer o encontro com sua irmãzinha (também adotiva). Há 3 semanas fizemos este encontro mágico! Nós, assim como os pais adotivos da irmã, achamos de extrema importância este contato para a vida. Ganhamos uma nova família, e de certa forma, mais uma filha.
Eu e marido completamos 24 anos de casamento este ano (nov), e já imaginamos nossa princesa trazendo as alianças em nossas bodas de prata.
Lívia é a alegria em pessoa. Menina linda que encanta à todos!
Acreditamos que tudo na vida, é no tempo de Deus! Ele prepara tudo perfeitamente pra nós. Gratidão define nossos dias.





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